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Um escândalo abalou os Estados Unidos com a revelação de práticas questionáveis na startup One Taste, fundada por Nicole Daedone e Rachel Cherwitz. A empresa, que se autodenominava defensora da 'libertação sexual feminina', é acusada de manipular emocional e financeiramente mulheres que haviam sofrido traumas sexuais, utilizando técnicas controversas para induzir o orgasmo. A investigação judicial em Nova York expôs a extensão do esquema, revelando o envolvimento de celebridades e a exploração da vulnerabilidade das vítimas.

O que era a One Taste?

A One Taste prometia uma jornada de autodescoberta e empoderamento sexual através de workshops e sessões individuais. O cerne da metodologia era o 'Orgasmic Qigong', uma técnica que combinava exercícios físicos, respiração e toques específicos para estimular o orgasmo. A startup atraiu um público diversificado, incluindo mulheres em busca de cura para traumas, curiosas sobre a sexualidade e até mesmo celebridades que buscavam uma experiência única.

O esquema de manipulação

A promotoria de Nova York alega que Daedone e Cherwitz, juntamente com seus instrutores, exploraram a vulnerabilidade das participantes, especialmente aquelas com histórico de abuso sexual. As mulheres eram incentivadas a compartilhar suas histórias mais dolorosas, criando um ambiente de confiança que era, na verdade, utilizado para manipular suas decisões. A One Taste cobrava preços exorbitantes pelos workshops, chegando a US$ 15.000 por um programa intensivo, e as participantes eram pressionadas a investir cada vez mais, muitas vezes se endividando para continuar participando.

O envolvimento de celebridades

Apesar do sigilo em torno dos nomes, a imprensa americana divulgou que algumas celebridades frequentaram os workshops da One Taste. O envolvimento de figuras públicas, embora não signifique conivência com os atos ilícitos, gerou ainda mais atenção para o caso e levantou questionamentos sobre a ética da startup.

As acusações e o futuro da One Taste

Nicole Daedone e Rachel Cherwitz foram acusadas de fraude, agressão e exploração. A One Taste foi fechada e as fundadoras enfrentam processos judiciais que podem resultar em multas pesadas e até mesmo prisão. O caso levanta sérias questões sobre os limites da liberdade sexual, a exploração da vulnerabilidade e a responsabilidade de empresas que prometem cura e empoderamento.

Impacto e Reflexões

O escândalo da One Taste serve como um alerta sobre a importância de questionar as promessas de cura rápida e a necessidade de proteger as pessoas vulneráveis de práticas manipuladoras. A busca pelo bem-estar sexual é um direito, mas deve ser exercida com consciência e responsabilidade, evitando cair em armadilhas que exploram a fragilidade emocional.