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INEM sob Alerta: Falhas no Controlo de Voos de Helicópteros Levantam Questões sobre Custos e Fiscalização

Um relatório recente da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) lançou um alerta sobre falhas significativas no controlo das horas de voo dos helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). A auditoria aponta para potenciais custos adicionais para o Estado, decorrentes da falta de fiscalização adequada e da gestão ineficiente dos recursos aéreos.

O que Revela o Relatório da IGF?

O documento da IGF detalha como a monitorização das horas de voo dos helicópteros do INEM não tem sido rigorosa, permitindo que se registem desvios em relação aos planos estabelecidos. Esta falta de controlo pode levar a um aumento desnecessário nos custos de manutenção, combustível e outras despesas operacionais.

A inspeção identificou, especificamente, a ausência de um sistema de registo centralizado e automatizado das horas de voo, o que dificulta a deteção de irregularidades e a avaliação precisa do desempenho dos helicópteros. Além disso, o relatório critica a falta de procedimentos claros para a autorização e controlo dos voos de emergência, o que pode resultar em utilização inadequada dos recursos aéreos.

Impacto Financeiro e Consequências para o INEM

As falhas identificadas pela IGF têm um impacto direto nas contas públicas, com potenciais custos adicionais para o Estado. Para além do impacto financeiro, a situação levanta questões sobre a eficiência e a transparência na gestão dos recursos do INEM.

O INEM, responsável por prestar assistência médica urgente em todo o país, depende fortemente dos seus helicópteros para chegar a locais de difícil acesso e transportar pacientes em situações críticas. A gestão inadequada destes recursos pode comprometer a capacidade do instituto para responder eficazmente a emergências e colocar em risco a vida de pessoas.

Recomendações da Inspeção-Geral de Finanças

A IGF recomenda a implementação urgente de medidas corretivas para resolver as falhas identificadas. Entre as principais recomendações, destacam-se:

• A criação de um sistema de registo centralizado e automatizado das horas de voo;
• O desenvolvimento de procedimentos claros para a autorização e controlo dos voos de emergência;
• A definição de indicadores de desempenho para avaliar a eficiência da utilização dos helicópteros;
• O reforço da fiscalização e do controlo interno na gestão dos recursos aéreos.

O Futuro da Gestão de Helicópteros no INEM

A resposta do INEM às recomendações da IGF será crucial para garantir a sustentabilidade financeira e a eficácia operacional do instituto. A implementação de um sistema de gestão mais rigoroso e transparente permitirá otimizar a utilização dos recursos aéreos, reduzir custos e melhorar a qualidade do serviço prestado à população.

A situação atual serve como um alerta para a importância de uma gestão eficiente e responsável dos recursos públicos, especialmente em áreas críticas como a emergência médica. A sociedade portuguesa espera que o INEM tome as medidas necessárias para corrigir as falhas identificadas e garantir que os helicópteros continuem a ser uma ferramenta eficaz para salvar vidas.