Crise na Saúde Portuguesa: Consequências Profundas das Guerras e o Alerta da Ordem dos Médicos

A Ordem dos Médicos (OM) em Portugal soou o alarme sobre o estado alarmante da saúde pública no país, alertando para as consequências graves e duradouras das recentes crises e conflitos. O bastonário da OM, em declarações recentes, destacou como estas situações desorganizaram profundamente o sistema de saúde, com impactos negativos em diversas áreas cruciais.
Vacinação em Risco: Um dos pontos mais críticos apontados é a interrupção das campanhas de vacinação. A pandemia de COVID-19 já havia atrasado a imunização de milhares de pessoas, e os conflitos recentes agravaram ainda mais a situação, colocando em risco a saúde da população, especialmente a de crianças e grupos vulneráveis. A falta de acesso a vacinas e a interrupção das rotinas de vacinação podem levar ao ressurgimento de doenças preveníveis, com consequências potencialmente graves.
Doenças Crónicas Abandonadas: A crise também afetou o tratamento de doenças crónicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas. Muitos pacientes tiveram dificuldades em aceder a consultas médicas, exames e medicamentos, o que pode ter levado ao agravamento das suas condições de saúde e ao aumento do risco de complicações. A falta de acompanhamento médico adequado pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na esperança de vida dos pacientes.
Saúde Mental em Crise: A saúde mental é outro aspeto que tem sido gravemente afetado. O stress, a ansiedade e a depressão aumentaram significativamente durante a pandemia e os conflitos, e a falta de acesso a serviços de saúde mental adequados tem agravado ainda mais a situação. É fundamental que o governo e as autoridades de saúde invistam em programas de apoio à saúde mental e facilitem o acesso a profissionais qualificados.
Consequências Devastadoras: O bastonário da OM enfatizou que as consequências destas desorganizações no sistema de saúde são devastadoras, afetando não apenas a saúde física e mental da população, mas também a economia e a sociedade como um todo. É urgente que sejam tomadas medidas para recuperar o atraso e fortalecer o sistema de saúde, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade.
Apelo à Ação: A Ordem dos Médicos apela ao governo e às autoridades de saúde para que tomem medidas urgentes para resolver esta crise. É necessário investir em recursos humanos e materiais, fortalecer a atenção primária de saúde, garantir o acesso a medicamentos e serviços de saúde mental, e promover a prevenção de doenças.
A situação atual exige um esforço conjunto de todos os setores da sociedade para garantir um futuro mais saudável e próspero para Portugal.